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Cibersegurança: o que é, importância, tipos e carreira na área

09.05.2022


Para entender a importância da cibersegurança, basta fazer uma rápida reflexão.

Quantos dados você fornece às empresas em compras online?

Pense em endereço, senhas, números de cartão de crédito e mais.

Todas são informações sigilosas e que devem ser protegidas com cuidado, longe de pessoas mal-intencionadas na internet.

O mesmo acontece com as informações de negócios das empresas e governos: investimentos, balancetes financeiros e planejamentos devem ser guardados a sete chaves.

É aí que entra a cibersegurança, para garantir que tais dados só estejam acessíveis a quem possui autorização para isso.

Com o armazenamento em nuvem sendo integrado à realidade de cada vez mais empresas, cresce também a demanda pela proteção, o que se reflete no mercado de trabalho.

Não por acaso, há quem aposte no profissional de cibersegurança como um dos mais requisitados atualmente, a exemplo do que afirmou neste artigo Gina Van Dijk, diretora da International Information Systems Security Certification Consortium na América Latina.

Neste texto que você começa a ler agora, vamos explicar o que é cibersegurança, avançar no conceito e entender por que a área representa uma das profissões do futuro.

Confira os tópicos que preparamos para a sua leitura:

  • O que é cibersegurança?

  • Como funciona a cibersegurança?

  • Qual a importância da cibersegurança?

  • Quais são os tipos de cibersegurança?

  • Cibersegurança x segurança da informação: as diferenças

    • O papel da cibersegurança

    • O que é segurança da informação?


  • Cibersegurança no Brasil

  • Cibersegurança no mundo

  • Exemplos de ameaças combatidas pela cibersegurança

  • O que fazer para garantir a cibersegurança nas empresas?

  • A importância da cibersegurança na indústria 4.0

  • As principais tendências de cibersegurança para os próximos anos

  • Profissões do futuro e cibersegurança

  • Quais são as principais atribuições de um profissional de cibersegurança?

  • Tipos de cargos e profissões relacionados à cibersegurança

  • Exemplos de empresas de cibersegurança

  • 5 razões para se especializar na carreira em cibersegurança

  • Os melhores livros de cibersegurança

  • Quais são os melhores cursos de cibersegurança?

  • Existe alguma pós-graduação em cibersegurança?

  • Posso fazer MBA em gestão de cibersegurança?

Se o assunto interessa, continue lendo!

O que é cibersegurança?

O que é cibersegurança?

A cibersegurança é um conjunto de ações e técnicas para proteger sistemas, programas, redes e equipamentos de invasões.

Dessa forma, é possível garantir que dados valiosos não vazem ou sejam violados em ataques cibernéticos.

Esses ataques podem ter a intenção de acessar servidores, roubar senhas, sequestrar dados ou até mesmo fraudar transações financeiras.

Com frequência, porém, a cibersegurança é confundida com as práticas de segurança da informação.

Como funciona a cibersegurança?

Segundo uma pesquisa da Netscout, publicada no portal da Agência EFE, o Brasil ostenta o preocupante posto de 2º país do mundo em que mais ocorrem ciberataques.

São mais de 439 mil tentativas de invasões e de ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) registrados, o que nos deixa apenas atrás dos Estados Unidos nesse ranking.

Não por acaso, como revela uma matéria no portal Valor Investe, mais da metade das empresas brasileiras pretendem investir em cibersegurança.

Para isso, elas precisam elaborar todo um planejamento, que contemple um orçamento específico para a área de TI, de maneira a definir políticas e medidas de segurança de dados.

Entre as possíveis ações a serem realizadas, destacam-se:

  • Testes de intrusão automáticos com análise de vulnerabilidades

  • Implementação de plataformas de segurança centralizadas para controle, monitorização e neutralização de ameaças na rede, endpoints e distração de eventuais atacantes

  • Proteção para dispositivos Bluetooth e Wi-Fi

  • Blindagem de dados confidenciais.

Qual a importância da cibersegurança?

Uma em cada quatro empresas brasileiras sofre pelo menos um ataque virtual por ano, como aponta a Pesquisa Nacional BugHunt de Segurança da Informação.

Como diz o ditado popular: “a oportunidade faz o ladrão”.

Ou seja, se há invasores, é porque existem falhas de segurança que permitem que eles atuem livremente.

A única resposta possível para conter essa ameaça é investir em medidas de cibersegurança e de segurança da informação, numa tentativa para evitar prejuízos financeiros causados por ataques.

Quais são os tipos de cibersegurança?

Quais são os tipos de cibersegurança?

Genericamente, cibersegurança é toda medida pela qual pessoas físicas e empresas se habilitam a proteger seus dispositivos e arquivos da ameaça de hackers mal-intencionados.

Aliás, cabe ressaltar que o termo hacker, em si, não designa um criminoso, tanto que há quem use o termo cracker para se referir a quem pratica delitos virtuais.

Assim como existem diversos tipos de hacker, há também modalidades variadas de cibersegurança.

Cada uma delas se aplica a um certo tipo de equipamento, etapa do tráfego de dados ou de ambiente, entre outras possibilidades.

Vamos conhecer algumas delas a seguir?

Segurança operacional

Imagine que você é um colaborador recém-contratado de uma startup com grande renome no mercado.

Nesse caso, certamente você não deverá ter acesso a dados restritos da empresa, como aqueles ligados à parte contábil e fiscal, por exemplo.

Esse tipo de controle é parte das rotinas de segurança operacional, na qual a empresa decide como vai proteger seus dados definindo quem os acessa e como os acessa.

A propósito, empresas que falham nesse aspecto se expõem aos chamados insiders, como são conhecidos os hackers que agem dentro de suas dependências, aproveitando-se do acesso privilegiado.

Segurança de rede

Os ataques do tipo DoS (Denial Of Service, ou negação de serviço) e DDoS estão entre os mais comuns.

Eles consistem na sobrecarga artificial do fluxo de dados em uma rede, inviabilizando seu uso pelos seus usuários.

Digamos, por exemplo, que um cracker pretende roubar dados sigilosos de uma empresa, mas, para isso, precisa, ao mesmo tempo, impedir que a área de TI tente contê-lo.

Um DDoS, nesse caso, pode servir como uma “cortina de fumaça”, ao barrar o acesso das pessoas à rede em que estão os servidores atacados.

Conter esse tipo de ataque é uma das funções dos profissionais e setores destinados a prover a segurança de rede, que inclui ainda a proteção contra malwares em geral.

Segurança de aplicativos

Assim como redes estão expostas a ataques, o mesmo acontece com os aplicativos que utilizamos, seja no contexto pessoal ou dentro das empresas.

A segurança de aplicativos é a resposta da cibersegurança às ameaças direcionadas aos softwares instalados nos computadores e dispositivos móveis em geral.

Dessa forma, ficam protegidos dados sensíveis, principalmente senhas e dados de acesso.

Para isso, as empresas que disponibilizam aplicativos definem antes mesmo de começar a desenvolvê-los os protocolos de segurança a serem implementados.

Educação do usuário final

Nem sempre um ciberataque é fruto da ação deliberada de um cracker ou um insider.

Há casos em que vírus e malwares são distribuídos inadvertidamente por usuários comuns que, sem saber, repetem um comportamento de risco.

Para evitar esse tipo de propagação de agentes maliciosos, as empresas que investem em cibersegurança devem também focar na educação do usuário final.

Nesse aspecto, elas assumem a responsabilidade por levar adiante informações sobre cibersegurança, alertando sobre os riscos de abrir certos tipos de e-mail e ao conectar dispositivos USB.

Dessa forma, é possível mitigar a alta imprevisibilidade gerada pela falta de conhecimento que a média das pessoas têm sobre segurança online.

Segurança da nuvem

Assim como a segurança de rede, a da nuvem se dedica a antecipar as ameaças que cercam um conjunto de dispositivos que compartilham acesso a plataformas nesse ambiente.

Ela visa a prevenir o vazamento de dados sem autorização, além de blindar a nuvem contra eventuais fragilidades e suscetibilidades.

Também procura explorar possíveis fraquezas em controles de acesso, de modo a evitar ataques e interrupções na disponibilidade nos serviços em cloud computing.

No caso dos sistemas em nuvem, as principais ameaças são os malwares e ataques, como as chamadas ameaças persistentes avançadas (APTs).

Cibersegurança x segurança da informação: as diferenças

Cibersegurança x segurança da informação: as diferenças

A cibersegurança é, na verdade, uma parte da segurança da informação.

Parece confuso? Vamos explicar!

O papel da cibersegurança

A cibersegurança é voltada para softwares, hardwares e redes.

Ou seja, cuida para que o sistema da empresa não permita ataques cibernéticos.

Ela previne problemas com a gestão de informações que é feita pelas máquinas, no trânsito e armazenamento de dados entre elas.

Dessa forma, protege a informação digital armazenada ali.

Para isso, algumas das medidas tomadas são: aplicar antivírus nas máquinas, ter cópias de segurança do que está nos servidores, criptografar dados e oferecer uma tecnologia de assinatura digital.

É o que torna mais difícil a perda de informações de forma definitiva e também afasta possíveis fraudes, por exemplo.

O que é segurança da informação?

Já a segurança da informação é um pouco mais abrangente.

Ela se preocupa com a proteção de todos os dados da empresa.

Ou seja, estamos falando desde o armazenamento físico de informações até os dados que são geridos por pessoas.

Com isso, as atividades para garantir a segurança da informação são as mais variadas.

Elas passam por regras para transporte de computadores e equipamentos de trabalho, acesso remoto à rede da empresa, política de troca de senhas, garantir que os funcionários estão usando senhas fortes e até mesmo manuais sobre quais informações podem ser fornecidas a quais pessoas.

Cibersegurança no Brasil

Cibersegurança no Brasil

Atualmente, o Brasil está entre os mais conectados do mundo.

Relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento nos colocou no quarto lugar entre os países com mais usuários na internet.

Ao todo, são mais de 150 milhões de brasileiros online.

Outro número que chega para somar nesse cenário é de uma pesquisa do We Are Social com a Hootsuite.

Os dados apontaram que os brasileiros são o segundo povo em número de horas conectadas por dia.

Nós estamos ficando 9 horas e 20 minutos online diariamente – 2h38min a mais do que a média mundial.

Porém, apesar do panorama favorável para o fortalecimento dessas práticas, a cibersegurança no Brasil ainda não é uma prática muito comum.

O Instituto Ponemon fez uma pesquisa, a pedido da Websense, com quase 400 profissionais de TI e cibersegurança no Brasil, para entender como essa cultura está se desenvolvendo dentro das empresas.

Ele mostrou que 36% das equipes nunca comentaram com seus superiores sobre questões de cibersegurança.

Porém, os dados podem ser lidos por um olhar mais positivo também.

O levantamento mostrou que 75% dos profissionais acreditam que roubo de propriedade intelectual, violação de dados de clientes e perda de receita por problemas no sistema são as questões mais preocupantes da área.

Ou seja, existe uma crescente preocupação com cibersegurança.

Vale citar ainda que apenas 42% dos profissionais brasileiros pensam que as corporações investem o suficiente em cibersegurança, e que 58% delas não falam com seus funcionários sobre questões relacionadas a esse assunto.

Isso significa que há espaço para um aumento nos investimentos com pessoal e tecnologia para agir contra os crimes cibernéticos.

Analisando a incidência dos crimes digitais por aqui, fica claro que essa é uma tendência para o futuro.

Há alguns anos, o Brasil chegou a ter 83% de crescimento nos ataques através de phishing, que levam os clientes a acessar sites maliciosos a partir de mensagens falsas por e-mail.

E não para por aí: uma pesquisa da Norton mostrou que mais de 42 milhões de pessoas foram atingidas por crimes cibernéticos no Brasil e que isso resultou em um prejuízo de mais de US$ 10 bilhões.

Cibersegurança no mundo

Cibersegurança no mundo

Mundialmente falando, os números relacionados à cibersegurança são melhores do que no cenário nacional, mas ainda assustam.

Quase 690 milhões de pessoas em 21 países estudados (cerca de 31% dos usuários de internet dessa amostra) foram afetados por crimes digitais.

A perda financeira por causa disso foi de cerca de US$ 125 bilhões em apenas um ano.

O Fórum Econômico Mundial também trouxe o tema para a pauta e esse tipo de crime foi taxado como o sexto maior em impacto.

A expectativa é de que esses ataques custem até US$ 8 trilhões a empresas do mundo todo nos próximos 5 anos.

Apesar disso, há uma movimentação em curso por parte das empresas e países para tratar mais seriamente as questões de cibersegurança.

Um dos sinais dessa preocupação é o aumento de cargos de CISO nas grandes empresas.

O CISO (Chief Information Security Officer) é o responsável por definir padrões de controle de dados, implementar processos de manutenção e decidir quais serão as estratégias usadas para conter os ataques.

O próprio governo dos Estados Unidos contratou um executivo para essa posição.

Além disso, tomou medidas também para aumentar em 35% seus gastos com segurança da informação, chegando a US$ 1,9 bilhão em investimentos.

A Europa também não fica para trás quando o assunto é cibersegurança.

Países do bloco lançaram em 2018 uma lei para pressionar seus parceiros comerciais a protegerem os dados em transações entre companhias.

A lei, chamada Regulamento Geral da Proteção de Dados, obriga empresas com clientes na União Europeia a reportar aos órgãos de proteção de dados em até 72 horas qualquer ataque digital registrado.

Caso isso não seja cumprido, as multas podem chegar a 20 milhões de euros.

Como veremos no próximo tópico, esses movimentos são positivos para quem já é ou deseja se tornar um profissional de cibersegurança.

Afinal, a pressão europeia obriga empresas nos demais países a reagir e se proteger de ataques cibernéticos para se manterem internacionalmente competitivas.

Exemplos de ameaças combatidas pela cibersegurança

Exemplos de ameaças combatidas pela cibersegurança

Ataques DDoS, malwares e APTs são apenas alguns dos muitos tipos de ataques virtuais que uma pessoa ou rede em uma empresa podem sofrer.

A variedade de ameaças, aliás, vem justificando os altos investimentos que governos e instituições privadas vêm fazendo em cibersegurança.

Afinal, contra um inimigo multifacetado não se brinca.

É preciso adotar medidas de controle sofisticadas para dificultar ao máximo a vida dos potenciais invasores.

No entanto, existem certos tipos de ameaças mais frequentes que outras, considerando os objetivos a que se propõem e a maior facilidade em levá-las adiante.

Conheça a seguir quatro delas.

Ataque man-in-the-middle

Os ataques do tipo man-in-the-middle (MITM) consistem no roubo de dados confidenciais por um invasor que intercepta uma comunicação.

Geralmente, esse é um ataque que visa mais ao roubo de dados bancários, mas eles podem ser direcionados para qualquer tipo de transação online.

Uma das formas de agir dos cibercriminosos que utilizam o MITM é o envio de faturas falsas para o e-mail das vítimas.

Eles também podem se aproveitar de falhas de segurança em routers, criando uma rede falsa na qual as pessoas se conectam.

A partir disso, eles ganham liberdade para interceptar todas as comunicações, passando a ter o controle sobre toda informação trocada.

Malware

Talvez a mais recorrente das ameaças virtuais sejam os malwares, softwares contendo instruções maliciosas visando ao roubo de informações, entre outros objetivos fraudulentos.

Nesse tipo de ameaça virtual, o hacker mal-intencionado envia por e-mail ou mesmo por aplicativos de mensagens um link que, se clicado, leva à instalação desse programa.

No correio eletrônico, os malwares são enviados na forma de anexos que, por sua vez, levam a aplicações do tipo .exe (executável).

Por essa razão, é fundamental contar com programas antivírus ou proteção extra em contas de e-mail que possam detectar essa forma de ameaça, evitando sua propagação.

Ransomware

Ransomware é um tipo de malware cuja finalidade é bloquear o acesso a arquivos e diretórios de um dispositivo.

Dessa forma, os invasores cobram uma espécie de “resgate” para devolver o acesso a esses dados, configurando assim um crime de extorsão.

O principal risco, nesse caso, é o pagamento do valor exigido pelo criminoso que, mesmo assim, não devolve o acesso aos arquivos bloqueados por criptografia.

Isso faz desse delito virtual mais recorrente entre empresas que, como tais, teriam mais dados confidenciais para proteger e maior poder econômico para pagar altas somas aos estelionatários.

Phishing

Phishing

Embora seja relativamente mais fácil de detectar, as tentativas de phishing podem ser bastante convincentes.

Isso porque, nessa modalidade de ciberataque, os crackers se fazem passar por empresas sérias por meio de e-mails solicitando certos tipos de dados.

É o que acontece, por exemplo, nas mensagens falsamente assinadas por bancos, solicitando recadastramento de senhas.

Os ataques do tipo phishing têm também o objetivo de roubar dados de cartões de crédito ou de carteiras eletrônicas como o Paypal.

O que fazer para garantir a cibersegurança nas empresas?

Em razão dos imensos prejuízos que podem ser causados por ataques virtuais, todo cuidado é pouco quando se trata de cibersegurança.

Nesse sentido, junto ao setor ou a um especialista em TI, é fundamental adotar medidas preventivas para evitar vazamento de dados sigilosos e suas fontes.

Confira abaixo:

  • Realize backups regularmente !!!

  • Tenha mecanismos de controle de acesso

  • Invista em uma solução antivírus profissional

  • Defina sua política de segurança interna

  • Tenha uma conexão blindada

  • Use assinaturas digitais

  • Faça o monitoramento de sistemas e redes

  • Promova treinamentos para as equipes de TI.

A importância da cibersegurança na indústria 4.0

Em um contexto no qual todos os processos produtivos são digitais ou digitalizáveis, a cibersegurança ganha ainda mais relevância.

As empresas tendem a estruturar seus processos cada vez mais online, como preconizam os princípios da chamada indústria 4.0.

Nela, a internet, cloud computing e conceitos como Internet das Coisas (IoT) e Bring Your Own Device (BYOD), entre outros, pautam as decisões e o modo de produzir das empresas.

Por isso, é fundamental investir em sistemas capazes de antecipar ameaças virtuais e, ao mesmo tempo, definir protocolos e políticas para evitar a exposição a elas.

As principais tendências de cibersegurança para os próximos anos

Considerando o que dizem as estatísticas e o que sugere o próprio mercado, é possível apontar tendências em cibersegurança que devem se consolidar no futuro próximo.

São elas:

  • Soluções baseadas em Inteligência Artificial (IA)

  • Maior presença dos especialistas em Compliance

  • Ciberataques em empresas de saúde e do tipo ransomware

  • Ataques zero-day

  • Sofisticação dos ataques por phishing

  • Invasões buscando dados financeiros.

Profissões do futuro e cibersegurança

Profissões do futuro e cibersegurança

Podemos dizer que já agora, no presente, os dados são os reis de qualquer tomada de decisão em uma empresa.

Não é à toa que cada vez mais a expressão big data vem sendo associada a um trabalho assertivo junto ao público-alvo de cada companhia.

Além disso, as empresas brasileiras (e por todo o mundo) estão investindo mais em cloud computing.

E, claro, onde tem informações trafegando e servidores sendo acionados, o profissional de cibersegurança se faz muito necessário.

O primeiro passo para se tornar um é investir em uma graduação em Tecnologia da Informação.

Porém, a cibersegurança é uma das várias áreas dentro TI.

Logo, você terá que se especializar e fazer cursos complementares.

Para isso, busque se aprofundar no universo de segurança em hardwares, pesquise cursos sobre blockchain, criptografia, segurança na nuvem e formação de redes seguras.

Vale também estudar mais sobre cibersegurança para celulares, já que esses aparelhos são responsáveis por boa parte das fraudes digitais, especialmente através de apps maliciosos.

O importante é se manter atualizado com as tecnologias que surgem a todo momento para a proteção de dados.

Quais são as principais atribuições de um profissional de cibersegurança?

A exemplo de outros profissionais de segurança, o especialista nessa área tem como principal função proteger as empresas das ameaças virtuais.

Também são atribuições dos profissionais de cibersegurança:

  • Fazer a detecção, análise e qualificação de eventuais incidentes

  • Gerenciar as atividades de um Centro Operacional de Segurança (COS)

  • Orientar equipes sobre medidas de controle a serem adotadas em casos reais

  • Identificar as fontes de potenciais ataques

  • Supervisionar a aplicação e operacionalidade das políticas de cibersegurança

  • Registrar informações de interesse visando a ampliar o conhecimento sobre os focos de ameaça e medidas protetivas

  • Monitoramento ininterrupto de vulnerabilidades de hardware e de software.

Tipos de cargos e profissões relacionados à cibersegurança

Tipos de cargos e profissões relacionados à cibersegurança

Como acabamos de ver, a cibersegurança aparece com destaque entre as profissões do futuro.

Mas quais são os cargos relacionados a essa área?

Em uma rápida pesquisa, você encontra menções no mercado a posições como analista de cibersegurança, engenheiro de cibersegurança e consultor de cibersegurança.

Também cabe lembrar do cargo de CISO (Chief Information Security Officer), uma tendência fora do país, mas que logo deve aparecer com destaque nas empresas brasileiras.

Há, ainda, vagas relacionadas à segurança da informação, que, como destacamos antes, costumam ser mais abrangentes, mas também abordam a cibersegurança.

Exemplos de empresas de cibersegurança

Exemplos de empresas de cibersegurança

Profissionais que já possuem a formação necessária ou desejam se especializar em cibersegurança devem estar atentos aos mercados.

Isso significa avaliar as oportunidades e também conhecer as empresas que são referência nessa área de atuação.

Para ajudar você nessa missão, separamos informações sobre duas gigantes do mercado.

São exemplos de empresas de cibersegurança que podem inspirar você em sua carreira.

ESET

A ESET é um centro de excelência em segurança tecnológica que se propôs a construir o que deve ser, segundo a empresa, o maior escritório de cibersegurança do mundo, em Bratislava, capital da Eslováquia.

Entre as características da construção, destacamos os 25 mil metros quadrados de escritórios e a previsão de abrigar até 1.400 empregados (800 a mais do que os escritórios atuais).

Assim, os melhores profissionais da área poderão se concentrar no mesmo lugar, fornecendo soluções de cibersegurança para outras empresas.

Chronicle

A Chronicle é uma empresa irmã do Google.

Foi lançada no início de 2018, época em que muitas empresas norte-americanas vinham sofrendo ataques digitais.

Uma delas, por exemplo, foi a Sony, que teve suas redes sociais tomadas e os dados dos jogadores de PlayStation vazados.

Para lidar com esse problema, a Chronicle oferece uma vigilância sobre o nível de segurança cibernética de empresas, além de um serviço de um potente antivírus para usuários de internet individuais.

Usando machine learning para aperfeiçoar o seu processo, a Chronicle estreou com o pé direito no mercado.

Atualmente, vem testando seus produtos em algumas das 500 maiores empresas do mundo, de acordo com a Revista Fortune.

5 razões para se especializar na carreira em cibersegurança

5 razões para se especializar na carreira em cibersegurança

Tem interesse na área? Ou ainda está na dúvida se segue essa carreira?

Veja cinco razões para você investir em cibersegurança para o seu futuro profissional.

1. Há muitas vagas em cibersegurança

Enquanto determinadas ocupações sofrem com o desemprego, quem escolhe a cibersegurança está em ascensão.

Outra informação útil para quem pensa em se especializar nessa área é a de que falta mão de obra especializada para assumir os cargos ofertados.

A Cybersecurity Nexus afirma que 59% das organizações de cibersegurança no mundo têm 5 candidatos competindo por cada vaga – bem abaixo da média de outras profissões.

Por fim, vale conferir os dados do Cybersecurity Workforce Study, que descobriu que faltavam mais de 3 milhões de profissionais de cibersegurança no mundo.

Só na América Latina, o déficit de profissionais chega a 136 mil cargos.

2. Você terá chances de trabalhar no mundo todo

Como falamos acima, faltam profissionais especializados para assumir cargos de cibersegurança, inclusive nos países mais desenvolvidos, onde essa prática já é mais comum e os investimentos são maiores.

Se trabalhar no exterior é uma meta, vale investir em um bom curso de inglês e praticar o idioma.

Isso sem falar na própria especialização na área, é claro.

Com a carência de profissionais de cibersegurança no mercado, você terá boas chances de conseguir o posto tão desejado.

3. Os salários em cibersegurança valem a pena

A oferta de vagas maior do que a demanda de bons profissionais incentiva a alta remuneração no mercado.

Isso sem falar em salários pagos em dólar ou euro, que é o caso daqueles que escolhem uma empresa fora do Brasil.

Segundo a consultoria Robert Half, os ganhos de um analista de cibersegurança, que é o patamar inicial da carreira na área, giravam em torno de R$ 3 mil mensais.

Já um gerente de cibersegurança pode contar com salários acima dos R$ 20 mil.

4. É uma área em crescimento

4. É uma área em crescimento

Quando falamos de cibersegurança, estamos nos referindo a um mercado no qual as políticas ainda precisam ser decididas e estabelecidas, tanto para empresas quanto para governos.

Ou seja, ainda está em estágio embrionário, mas com grande expectativa de crescimento.

Em boa parte, isso se justifica porque o número de ataques digitais aumenta em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Um dos casos mais famosos foi o de um vírus chamado WannaCry, um tipo de ransomware (vírus de resgate) que sequestrou dados em mais de 300 mil computadores em 150 países.

As empresas também estão progressivamente mais dependentes de seus sistemas internos para funcionar.

Isso sem falar que o trabalho remoto se configura aos poucos como realidade de muitas companhias, chegando a 44% das empresas no Brasil.

Combinando todos esses fatores, o que se desenha é o cenário de um futuro que irá pedir cada vez mais profissionais de cibersegurança nas empresas.

Sua função será a de garantir que os dados estejam guardados e protegidos, não importa qual ameaça apareça ou de qual país eles estejam sendo acessados.

5. Você estará em constante evolução

Para quem gosta da ideia de trabalhar com algo que ama e não quer passar o resto da vida fazendo a mesma coisa, a cibersegurança é um bom caminho a se trilhar.

Afinal, os sistemas estão em constante evolução e novos crimes digitais aparecem todos os dias.

Ou seja, os desafios serão constantes.

Por isso, o ideal é que o profissional dessa área seja alguém que se atualiza com frequência, criativo nas soluções, incansável para lidar com os problemas e atento aos detalhes para evitar qualquer falha no sistema.

Os melhores livros de cibersegurança

Se você tem interesse em se aprofundar ainda mais no vasto campo da cibersegurança, pode recorrer às principais publicações sobre o assunto.

Confira a seguir:

  • Contagem regressiva até Zero Day (Kim Zetter)

  • Ghost in the Wires: My Adventures as the World’s Most Wanted Hacker (Kevin Mitnick)

  • Applied Cyber Security and the Smart Grid: Implementing Security Controls Into the Modern Power Infrastructure (Raj Samani)

  • The cuckoo’s egg (Clifford Stoll)

  • Guerra cibernética: A próxima ameaça à segurança e o que fazer a respeito (Richard A. Clarke)

  • Digital Resilience: Is Your Company Ready for the Next Cyber Threat? (Ray A. Rothrock).

Quais são os melhores cursos de cibersegurança?

Sendo uma instituição reconhecida internacionalmente pelo seu vanguardismo e excelência, a FIA assume o compromisso de formar profissionais gabaritados em cibersegurança.

Veja na sequência alguns dos nossos cursos:

Existe alguma pós-graduação em cibersegurança?

Se você quiser mergulhar ainda mais fundo no campo da segurança virtual, pode se especializar em um dos cursos de pós-graduação da FIA:

Conclusão

Agora que você tem um panorama completo de como é a área de cibersegurança, não fique para trás.

Comece a buscar cursos para se especializar na área e garantir o seu lugar nessa profissão do futuro.


Fonte: FIA

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