Você certamente tem ouvido falar cada vez mais sobre a importância de investir, sobre usar o cartão de crédito de maneira correta, sobre planejar a aposentadoria, as férias, mas na prática você sabe como fazer tudo isso na sua realidade?
A chave aqui para aplicar os recursos financeiros que você tem a sua disposição de boa maneira é montar uma estratégia.
O que quero dizer com isso?
Todo mês você recebe seu dinheiro, seja da origem que for, tem seus gastos fixos (parcelamentos, contas básicas, manutenções), tem os gastos variáveis, os quais seguem normalmente as prioridades que você determina em rápidas decisões do dia-a-dia. Eventualmente algum tipo de reserva que você busca fazer, eventualmente algum tipo de investimento que surge ao longo do caminho e assim por diante.
Mas na prática, onde você quer chegar? Quanto você precisa de renda mensal? Qual a estimativa de crescimento que você busca? Quanto tempo está disposto a investir para chegar no ponto X?
Quais perguntas guiam seu planejamento? Por onde começar um planejamento?
Enfim. São muitas perguntas e talvez nem façam sentido agora, mas vou te mostrar como pode ser diferente se montarmos uma estratégia.
Esse cara aqui é o Rodrigo. Ele tem um salário de aproximadamente R$ 2.000,00 por mês. Ele mora com os pais, e os custos dele são os seguintes:
Internet R$ 110,00
Luz R$ 100
Curso R$ 90,00
Cartão R$ 450,00
Academia R$ 50,00
Variáveis R$ 1.200,00
Como podemos ver, não sobra nada e ele não investe. Ele tem tudo isso em uma tabela, identifica mensalmente, mas não consegue se organizar diferente.
Rodrigo diz que não consegue reduzir seu custo e que precisa é de mais dinheiro. Mas começamos uma consultoria e ele se identificou com a lógica de criar uma renda passiva e me disse que gostaria de não depender apenas do seu trabalho, ou apenas de uma fonte de renda.
A primeira coisa que fizemos foi analisar como ele gasta seu salário e ali identificamos que além do fato de não colocar nada em uma reserva, a maioria dos gastos são para consumo.
Começamos mudando a forma de gastar. Sem mudar nenhum dos valores. Escolhemos um cartão de crédito que desse cashback para ele. E inicialmente, da forma que ele organizava, já teria automaticamente um retorno de R$ 4,50 por mês. Mas Giordano, R$ 4,50 não é nada!
Calma. Porque além de escolhermos o cartão, alteramos todos os gastos, exceto luz para pagamento pelo cartão. E tendo exatamente os mesmos gastos, apenas usando uma forma de pagamento diferente, ele passou a ter um retorno de R$ 19,00 todo mês.
Saímos com isso de nada de investimento para R$ 19,00 mensais automáticos. Mas não para por aí. Ao colocar as despesas no cartão, Rodrigo pode olhar mais atento como estava estruturada a sua coluna de gastos variáveis, que antes ele não dava tanta atenção e por cuidar mais, conseguiu reduzir ela de R$ 1.200 para R$ 800,00, pois muitos dos gastos eram apenas por ter o valor "sobrando" conseguindo um valor mensal de R$ 419,00 para investimentos, em torno de 20% da renda do Rodrigo.
Rodrigo é um nome fictício para muitas realidades semelhantes. Mas ele mudou o objetivo de ver a realização e a felicidade no consumo e passou a ter mais prazer em ver o seu patrimônio, investimentos e renda crescerem.
Essa pode ser a sua situação também. Primeiro você precisa se perguntar quais prioridades você tem.
Seus recursos são limitados (todos são, mesmo dos mais ricos). Como usar eles de maneira a alcançar suas prioridades se você não souber quais são.
Então defina o que você espera de um investimento
Quero me aposentar aos 40.
Quero ter renda passiva para viajar.
Quero complementar minha renda ao me aposentar.
Quero encontrar na minha renda hoje possibilidade de pagar X que é importante pra mim.
Quero abrir meu negócio.
Qual é a sua prioridade?
Quais investimentos te aproximam dela?
Quais gastos te afastam?
Olhe para sua vida com franqueza e sem a régua moral, social ou de sucesso que nos mostram. Veja como você quer guiar sua vida e procure investimentos alinhados à isso.
Uma coisa importante para conseguir é mudar a perspectiva. Não foque apenas no mês, ou apenas nesse ano, mas veja sua vida como um todo. Você aos 30, aos 50, aos 65, aos 80. Como se imagina e o que gostaria de estar fazendo?
Mas Giordano, posso nem viver até os 80. Verdade, mas pode dar o azar de viver, né? E se chegar lá e não tiver se preparado não é pior?
Então planeje e viva uma vida mais plena e mais sua, com a sua cara.
Espero que o texto te ajude a ter um norte para começar o seu planejamento. E se precisar de ajuda, não esqueça que estou aqui!
Abraço! Giordano da Luz
Comments